quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vale a pena ler ... Preciosidades de Philip Yancey!!

O poder do Amor e o Amor ao poder

Em seu livro "A tempo e Fora do tempo", Jacques Ellul, refletiu sobre sua vida, avaliando o passado, percebeu que seus pensamentos e suas ações seguiam em trajetórias paralelas. Em uma trajetória ativista e secular, trabalhou como pioneiro na Resistência Francesa, e decicou-se a causas ambientais. Em outra, mais espiritual, expressou sua fé cristã em sua vida devocional e servindo como pastor e professor no seminário. Ainda assim, admitiu que nunca conseguiu unir as duas trajetórias com sucesso.

A decepção de Ellul cresceu nos corredores do poder, durante seus mandatos como líder denominacional e como político. Questionava se alguma estrutura poderia transmitir o amor e a compaixão cristãs.

Ao ler sobre a luta dele, comecei a pensar sobre o imenso abismo que separa o poder do amor.

Se conseguíssemos registrar a história da igreja cristã em um grafico simples, veríamos picos tremendos de poder na igreja. A principio, a fé cristã conquistou o oriente próximo, a Roma e depois a Europa toda. É estranho, mas os picos de sucesso e poder assinalan também os picos da intolerâmcia e da crueldade religiosa.

Durante toda a historia cristã, o amor e o poder coexistem em conflito. Por esta razão, preocupo-me com o crescimento do poder no movimento evangélico. Houve tempo em que ou nos ignoravam ou zombavam de nós. Hoje os evangelicos são mensionados nas notícias e são bajulados por todos os políticos sensatos. Vários movimentos políticos surgiram com características evangélicas. Considero esta tendência ao mesmo tempo encorajadora e alarmante. E por que alarmante?

Apesar dos méritos de determinada questão - quer se discuta a legalização do aborto ou a preservação ambiental - os movimentos políticos trazem o risco de colocar sobre se a capa do poder que asfixia o amor. Um movimento, por sua natureza, estabelece barreiras, faz distições, julga. O amor, pelo contario! derruba barreiras, supera distinções e concede a graça.

A palavra de Paulo diz: "Ainda que falasse as linguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor... nada seria"

De alguma forma, precisamos encarar o poder com humildade, temor e amor ardente por aqueles q estarão sob nossa autoridade, a não ser que não nos importemos em ver o poder ser minado, como aconteceu com os líderes religiosos bem-intencionados que nos precederam.

Jesus não disse que todos saberiam que somos seus discipulos se aprovássemos leis justas, dominássemos a moralidade, restaurássemos a decência familiar e governássemos com integridade. O que Ele disse é que saberiam que somos discípulos dEle se nos amássemos uns aos outros(João13:35)

A força pode fazer tudo, exceto o mais importante: não pode suscitar o amor. Em um campo de concentração, como tantos testemunharam, os guardas tem amplos poderes e autoridades para foçar qualquer atitudes dos presos. Podem fazer com que a pessoa renuncie a seu Deus, amaldiçoe a família, trabalhe de graça, mate e enterre o amigo ou até mesmo o proprio filho. Só uma coisa escapa: O amor. Eles não podem forçar a pessoa a amá-los.

O amor não funciona de acordo com as regras do poder.

Neste fato percebemos o fio da razão por trás do uso(ou não) que Deus faz do poder. A Ele so interessa uma coisa: Nosso amor. Foi por isso que nos criou. E não há demonstração de onipotencia por mais grandiosa que seja, que consiga fazer nascer o amor: O único modo foi se esvaziar completamente e se unir a nós, morrendo em nosso lugar. A partir daquele momento, passou a existir o amor.

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